O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso de coronavírus no país. Realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, a contraprova atestou a infecção do paciente - um homem de 61 anos, residente na capital paulista.
Ele esteve na Itália, na região da Lombardia, sozinho, a trabalho, entre 9 e 21 de fevereiro. O período coincide com a explosão de casos no país europeu, onde há mais de 220 pessoas infectadas.
Na noite de terça, o homem havia testado positivo para o vírus no Hospital Israelita Albert Einstein, situado na em São Paulo. Com a confirmação, o Brasil tornou-se o primeiro país da América Latina a registrar a doença, que já fez 2708 vítimas fatais.
Segundo o Ministério, o paciente, por enquanto, apresenta sintomas leves, como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.
Por meio de nota, a Anvisa disse que procura a lista de pessoas que estavam no mesmo voo em que ele esteve, para efetuar os procedimentos de quarentena.
Outros três casos suspeitos são investigados em São Paulo - dois na capital e um em Bauru. De acordo com a secretaria de saúde, são todos adultos, viajantes que estiveram de algum dos países que entraram na lista de vigilância do Ministério.
Os alertas globais sobre a doença se intensificaram nas últimas semanas. Nesse domingo (23), os ministros das finanças do G20 e presidentes de bancos centrais afirmaram, em comunicado, que o novo coronavírus representa risco para a economia global e concordaram em adotar políticas sobre o caso.
A Itália decretou toque de recolher em 11 cidades com pesosas infectadas, medida que atinge cerca de 60 mil pessoas.
As autoridades também cancelaram o famoso carnaval de Veneza, numa tentativa de conter a propagação do vírus.
O surto teve início em dezembro na cidade de Wuhan, região central da China. Já são mais de 80 mil casos registrados pelo mundo.